terça-feira, 11 de setembro de 2012

O avesso do terninho, Carla Bellino

Tenho arduamente tentado evitar comprar livros novos. Porque ainda tenho muita coisa em casa pra ler. Acreditem, isso é um sacrifício! Eu amo tanto os livros que esses dias acabei comprando um em duplicidade. É de um autor que eu e a Tâmim gostamos muito, comprei e ela não viu, não li ainda, fiquei na dúvida quando estávamos na livraria e ela me falou do livro, e acabou que comprei dois... Sorte da minha mãe, que ganhou um livro novo...

Nesse espírito comedido, consegui me conter algumas vezes nas livrarias dos aeroportos, nas viagens profissionais que tenho feito. Eu sempre procuro chegar no aeroporto com bastante tempo de antecedência, e daí, é óbvio, vou furungar nas livrarias, já que me fascinam.

Eu já entro repetindo o mantra: "é só pra olhar, matar o tempo, não vou levar nada. É só pra olhar, matar o tempo, não vou levar nada..." (como se eu precisasse matar o tempo, como se não tivesse, no mínimo, dois livros na bolsa; não viajo sem livro, nervoso total).

Nas duas últimas vezes o esquema furou. Claro, na Laselva da sala de embarque do Salgado Filho, terminal velho, dei de cara com o livro do Fernando Henrique Cardoso. O Fernando Henrique Cardoso, gente! Sou fã, de carteirinha, do FHC (estou falando da pessoa, o marido da D. Ruth Cardoso). Na Laselva do aeroporto de Curitiba achei o livro do Mario Sergio Cortella e do Pedro Mandelli, Vida e Carreira, que sempre quis ler. Último exemplar! Não deu pra segurar. E mais As Cinco Linguagens da Valorização Pessoal no Ambiente de Trabalho, do Gary Chapman, o mesmo autor de As Cinco Linguagens do Amor (já falei desse aqui) e As Cinco Linguagens do Amor de Deus. Preciso dizer mais?

O meu pai sempre me pergunta: "mas minha filha, tu consegue ler tudo o que tu compra?". É claro que eu consigo. Não no ritmo que gostaria - e olha que eu leio; leio todos os dias -, mas acabo lendo tudo. O problema é que reponho com mais velocidade do que consigo ler, rsrsrs. E tenho um ciúme atroz dos meus livros. São como uma extensão minha...

Eu me lembro quando comprei o armário em que meus livros estão guardados, quando começaram a se avolumar. Me deu uma tranquilidade, porque é uma estante de bom tamanho, várias prateleiras, ainda tinha bastante espaço... Já estou ficando nervosa e pensando onde vou enfiar outra estante como essa, porque já estou empilhando os livros uns na frente dos outros, pra caber tudo...

E quando fui me mudar... Não houve jeito, tive que comprar várias caixas plásticas, daquelas de transportar compras de supermercado, porque eram as únicas que suportavam o peso da papelada. E de madrugada, na véspera da mudança, começou uma chuuuuuva e levantei de madrugada, desesperada, e tirei das caixas todos os livros, coloquei-os em sacos de lixo grandes, e encaixotei tudo de novo...

Não tem explicação, é um amor que transcende qualquer coisa... Minha mãe é quem conta que eu já tinha uma coleção de gibis antes mesmo de aprender a ler (me lembro disso, e olha que sou desmemoriada...), e ficava olhando as figurinhas e rindo sozinha...

Bom, na verdade eu comecei esse post pra falar de outro livro que comprei aqui na Laselva do Salgado Filho. O avesso do terninho, da Carla Bellino. Como ela diz, é um livro pra distrair e divertir, resultado de ela colocar no papel várias experiências que passou em sua vida de executiva e começou a compartilhar com as amigas, que a incentivaram a transformar tudo em livro.



É um livro leve, divertido, pra ler em uma sentada. Muito bom pra ler na correria (tipo, aeroporto e avião), porque cada capítulo se encerra em si mesmo; então se tu tem que parar não perde o fio da meada. 

Eu não sou uma super executiva, como ela; que é CEO de agência de publicidade e diretora de marketing do Grupo Amil. Mas é impossível não me reconhecer em várias situações que ela narra. E tenho certeza que toda a mulherada que trabalha com afinco também vai se reconhecer. Desde o drama de fazer a mala para uma viagem com um pernoite, o não entender como tem gente que está sempre inteiro, não importa o quanto a vida seja corrida (e tu te sentindo um bagaço), os gastos astronômicos para estar sempre em dia, linda e maravilhosa, a dificuldade de se desligar nas férias, o glamour (e a falta dele) dessa vida, até os micos involuntários que pagamos por aí...

Leitura bacana. Mais um livro que tinha visto recomendado nas revistas (não lembro agora qual) e tinha vontade de ler. Evidente que quando achei na livraria, não deu pra segurar...

2 comentários:

  1. Oi Melissa, comprei o livro da Carla na La Selva do aeroporto de Confins e adorei também. Não sou executiva como ela mas viajo com muita frequência pois sou auditora de sistemas de gestão da qualidade. Eu me identifiquei com várias cenas dela no livro (na verdade, acho que todas!!!). Gostaria de ter o e-mail dela. Será que é difícil? Eu tenho um blog onde relatei algumas das minhas experiências em auditorias e outros textos. Quem sabe não é um ensaio para eu escrever um livro!!! Se tiver interesse em acessar meu blog, o endereço é http://analydia.blog.terra.com.br/ Abraço e Boa semana.

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  2. Ana Lydia, que legal teu blog! Sabe que também começamos o nosso porque eu precisava de mais espaço para me manifestar do que aquele do Face; como tu fala no post "A evolução".
    Também gosto de compartilhar minhas experiências quando longe de casa.
    Sobre a Carla Bellino, e-mail não localizei; mas vi que ela tem perfil no Face, no LinkedIn e no Twitter. Dá pra fazer contato por um desses...
    E vai em frente com o projeto do livro... Depois me conta...
    Abraço e bom final de semana.

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