segunda-feira, 30 de junho de 2014

Vivendo sem glúten


Como mencionei no ultimo post, desde adolescente luto com o hipotireoidismo e com meu metabolismo. 

Recentemente minha nutricionista comentou comigo sobre estudos apontando que o consumo de glúten não é indicado para quem tem hipotireoidismo.

Pesquisei na internet e encontrei várias matérias e postagens no mesmo sentido.

Então conversei com meu endócrino, que me disse que tudo o que conseguisse reduzir de glúten seria bom.

Lembrando: o glúten e encontrado em produtos que contenham trigo, cevada, centeio e aveia.

Num primeiro momento pensei que isso fosse ser extremamente difícil. Primeiro, porque sempre gostei muito de pão. Segundo, porque pensava que fosse complicado encontrar produtos sem glúten, que estariam disponíveis apenas em casas mais especializadas. 

Para minha surpresa, esse mercado dos produtos sem glúten está em franco crescimento.

Minha primeira lição: ler o rótulo dos alimentos. É bem importante, porque coisas que jamais pensamos ter glúten muitas vezes tem, sim. Exemplo: muitos iogurtes tem glúten. A maioria dos chocolates também...

O interessante é que não estou sentindo falta do pão "normal". Até por encontrar opções - com sabor bem diferente - sem glúten.

Produtos que passaram a fazer parte da minha rotina:

            


Amo esses snacks da Good Soy. Ótimos para um lanchinho.

                                   


Sempre gostei de granola e achei que teria que abdicar dela, porque a maioria traz aveia em sua composição. Mas essa, da Sabor Vital - especializada em produtos sem glúten -, é espetacular.

                                     

Da Sabor Vital também comprei essa Mistura Fácil, pra fazer pães e afins. Estou comprando alguns ingredientes para me aventurar na cozinha. Farinha de arroz, farinha de banana, polvilho... Vamos ver no que dá. 

O precinho estava muito bom no Zaffari; em torno de R$ 5.

A marca Schär é espetacular - mas bem salgadinha. Comprei o corn flakes e o pão:

                      


Um segredinho para o pão ficar bem gostoso é esquentá-lo na sanduicheira. Fica bem macio.

Outro snack bacana são esses cookies de sete grãos da Gran Pure. De chocolate. Delícia.


                              


Outras opções de alimentos sem glúten: pipoca, pão de queijo (ler o rótulo), arroz (branco e integral - menos sete grãos) e até massa!!!

Exemplo de massa: Tivva, outra marca muito boa.

                                     


Chocolates: essas barrinhas da Kinder não tem glúten. Nem Toblerone e Lindt; os de chocolate branco (os outros não olhei). E diz que há alguns também da Cacau Show. Tenho que conferir.



Onde encontrar esses produtos: 

Porto Alegre: compramos a maioria no Zaffari e na Natureba (na loja da 24 de Outubro, perto da Florencio Ygartua). A Natureba é um parque de diversão, tem muitas, muitas, muitas opções. E as coisas vendidas a granel são fantásticas. Damasco tenro e castanhas crocantes.

Floripa: o Imperatriz e o Angeloni tem corners só para artigos sem glúten. Show. E compramos muito no Emporium Biomolecular. Na Rua Crispim Mira, loja 03, Centro. Show também. Atendimento top e produtos diferenciados. Os produtos a granel são tão excelentes quanto os da Natureba.

O que senti de benefício até agora: nunca mais senti a barriga estufada. Até minha rinite crônica melhorou. Sim, diz que o glúten tem a ver com isso também, rinite, sinusite...

Não senti qualquer diferença em relação ao peso - o estopim para esse boom da campanha contra o glúten.  Mas se puder diminuir a dosagem do meu remédio para a tireóide na minha próxima consulta no endócrino, estou no lucro.

Não estou defendendo a abolição do glúten por todos. Cada um sabe de si. Estou apenas compartilhando minha experiência e dando dicas sobre produtos sem glúten e onde encontrá-los. Se você tem hipotireoidismo, converse com seu profissional médico. Vale a pena pelo menos pesquisar.


UPDATE:

Descobri essas batatinhas deliciosas nas Americanas. Super crocantes:

        

A Jasmine também tem cookies integrais sem glúten:

                                         


                                 

E outra marca bacana é a Aminna, www.aminna.com.br , de Blumenau. Tem pães, massas, bolos, mistura para bolo...

sábado, 28 de junho de 2014

Onde vamos parar?

Estava chegando no prédio do escritório ontem quando me deparei com a seguinte cena: uma menina de uns sete anos estava aguardando o elevador. Daí começou a se olhar bem no imenso espelho do hall de entrada e de repente saiu com essa para a sua acompanhante - que não era a mãe: "Eu odeio esse casaco. Ele me deixa gorda". A moça começou a lhe dizer que não, que era um bonito casaco, que ele só era mais larguinho, que não a deixava gorda...

Confesso que fiquei meio chocada com a cena. Pela precocidade da menina, que aos sete anos estava preocupada se estava gorda.

Não convivo muito com crianças, não tenho muita ideia de como anda esse universo infantil. Então essa cena meio que me abriu os olhos.

O que nós, nós todos, como sociedade, estamos fazendo às nossas crianças?

Estamos envolvendo os pequenos em nossas paranoias desde a mais tenra idade.

A questão do peso e da magreza ganha importância a cada dia. Parte do universo das celebridades e atinge a todos nós. Seja querendo exibir corpos cada vez mais magros ou cada vez mais sarados, a qualquer custo; seja estando conscientes de que estamos à margem da sociedade ou sentindo-nos inadequados.  

Eu sempre sofri com a questão do peso, em decorrência do hipotireoidismo e de um metabolismo mais lento do que uma lesma paralítica. Eu sei bem o que é sofrer por causa disso, sempre tentando fazer o corpo responder. Me doeu ver aquela menina, visivelmente tão magrinha, tão cedo preocupada em estar aparentando estar gorda.

E casualmente me deparei hoje com notícias sobre o novo tamanho de roupas nos Estados Unidos: o triplo zero, que equivale ao tamanho 30 aqui no Brasil, e cujas medidas correspondem àquelas de meninas de oito anos; mas estamos falando de roupas para adultos... Para saber mais, veja essa matéria do jornal O Globo e esse post do blog Petiscos.

Onde vamos parar? Onde vamos parar?

É necessário fazer um esforço para se estar sempre atento e não entrar nessa histeria coletiva. É muito mais fácil cair nela, pela tendência que temos de adotar comportamentos do grupo, do que se manter alerta e não se deixar influenciar. Até pela reação da sociedade, que rejeita os que a ela não se adequam.

Faço votos de que a garotinha que encontrei no hall do prédio aproveite para usar o triplo zero na idade em que está, que é a idade adequada. Talvez comprando uma roupinha triplo zero ela não se sinta gorda e inadequada... Triste isso...

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Talkative Men

Uma moda que tenho observado é a dos homens falastrões.

Começou com um conhecido. Ele é capaz de falar horas e horas, muito mais do que qualquer mulher das minhas relações. Ou seja, ele monologa. E se repete nessas várias horas. 

Depois observei na academia. A mulherada lá, concentrada nos exercícios. E os boys gostam de fazer umas paradinhas pra bater trela entre um exercício e outro.

Aí no avião sexta, indo pra Floripa, um rapaz encontrou uma amiga e disse pra ela: "se ninguém sentar do teu lado, vou trocar de lugar, pra gente ir fofocando". ?!?!?!

E, de fato, foram os dois no maior colóquio até o destino.

Eu, que curto um silêncio e uma solitude, confesso que gente falastrona me perturba, independente se homem ou mulher.

Vamos esclarecer: não me refiro a conversas inteligentes e proveitosas, que podem durar horas e nem sentimos passar. Me refiro a gente que monologa ou gente ruidosa.

Bom, também eu não sou parâmetro, já que sou mulher e, como disse, sou chegada num silêncio e solitude; o que não é muito o perfil que se tem da mulherada.

Sinal dos tempos? Ou acreditamos em paradigmas equivocados? Ou cada vez mais temos espaço para assumir nossas características pessoais, podendo fugir das generalidades?