terça-feira, 29 de outubro de 2013

Paperman, o lindo curta metragem da Disney


Vi esse curta metragem da Disney quando estava voltando da Itália, no vôo da TAP de Lisboa para o Rio de Janeiro.



É lindo, emocionante, poético e, sem palavras, faz pensar na vida... E curtinho... Te convido a se dar esses seis minutos...

Para assistir clique aqui .






domingo, 27 de outubro de 2013

Mousse italiana Mr. Brown Chocolate



Saí da Itália, mas a Itália não sai de mim... Sexta fui visitar uma amiga queridíssima e ela preparou bruschettas pra nós... E no mesmo dia provei a mousse italiana da Mr. Brown.

             


             


É pra quem realmente gosta de chocolate...

A mousse vem bem gelada, com consistência de sorvete. É necessário deixá-la degelando por uns dez minutos, para que comece a se tornar uma mousse densa deliciosa.

Eu não sou parâmetro, porque gosto de doce de arder a goela, e pra mim a mousse é mais forte no chocolate do que doce. Então vai lá, experimenta e me diz.

O pote sai por R$ 6.

Aliás, me agradou muito o fato de vir com a colher presa no lado interno da tampa. Prático e criativo.

            


            


A Mr. Brown fica na Av. Carlos Gomes, 788, Porto Alegre.

Pra quem quiser saber mais, já falei sobre os chocolates aqui .

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - Saudade

E o que fazer com a saudade quando voltamos? Saudade dos lugares vivenciados, saudades de pessoas que encontramos no nosso destino e que provavelmente jamais venhamos a reencontrar, saudades dos companheiros de viagem, saudades até dos momentos que não conseguimos viver, pelo atropelo das horas...

Já tinha escolhido um companheiro de viagem, que ficou meio de lado na Itália e que sabia que me faria reviver bons momentos: Horas Italianas, de Henry James. Apreciando muito...

"Viajar é, por assim dizer, ir ao teatro, assistir a um espetáculo; e há algo impiedoso em andar por ruas estrangeiras a fim de se deleitar com o 'caráter' quando o caráter consiste simplesmente nas maneiras ligeiramente diferentes como o trabalho e a necessidade se apresentam. Essas reflexões me vieram enquanto eu andava por um crepúsculo cheio de cores e carregado de deteriorados odores, mas depois de algum tempo deixaram de me fazer companhia. A razão disso, penso eu, é que - pelo menos para olhos estrangeiros - a soma da miséria italiana é, no todo, menos que a soma do conhecimento italiano da vida".

"Dentro da villa havia um grande amor pela arte e uma sala de pintura cheia de obras excelentes, de modo que, se a vida humana ali professava a tranquilidade, a tranquilidade era sobretudo a do ato concentrado. Uma bela ocupação nessa bela posição, o que poderia haver de melhor? Isso foi o que há pouco eu disse invejar - um modo de vida que não recua diante de tais refinamentos de paz e bem estar. Quando o trabalho, encantado com ele mesmo, se apresenta em um lugar sem interesse ou feio, nós o estimamos, o admiramos, mas não o sentimos como sendo o ideal da boa fortuna. Quando, porém, seus devotos se movimentam como figuras em uma antiga e nobre paisagem, e suas caminhadas e contemplações são como virar páginas de história, parece-nos termos diante de nós um admirável caso de virtude tornada fácil; virtude aqui quer dizer satisfação e concentração, efetiva apreciação da rara e refinada, ainda que compósita, forma de vida. Você não precisa querer uma aceleração ou uma colisão quando a própria cena, a mera cena, compartilha com você tal riqueza de consciência."

Lindo... O livro é repleto de descrições dos lugares visitados pelo autor, bem como de vivas reflexões... Combinação irresistível... E uma linguagem maravilhosa. Gosto da sonoridade de "encarapitada" e de "promontório".

E, casualmente, um filme também me fez  matar a saudade... Pelo menos de Venezia... A Globo exibiu ontem O Turista, The Tourist, com Angelina Jolie e Johnny Depp.








Eu já amava esse filme, pelo misto de aventura e suspense e romance e locações de tirar o fôlego e um figurino indescritível da Angelina - belíssima, como de costume. Mas tudo ganhou novo significado e colorido. Ressignificar... 

Creio que vou repetir a dose, assistir a outros filmes que se passam na Itália.

Lembrei dos versos do Fogaça, "Porto Alegre me dói, não diga a ninguém, Porto Alegre me tem". Parece inacreditável, mas os lugares tem, sim, o poder para nos doer e para nos ter. Pedaços nossos que neles ficam...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - malas e perdidos

Dicas práticas em viagem: você deve evitar ser dois tipos de pessoa: o chato, que ninguém quer por perto; e o perdido no mundo, que faz todo o grupo esperá-lo.

O chato é capaz de estragar o passeio de qualquer um. É aquele que reclama de tudo. Reclama porque está frio; reclama porque está quente; reclama de
acordar cedo; reclama se não viu tudo o que podia porque não acordou cedo; reclama que tudo é velho; reclama da comida...

Seguinte: ninguém vai morrer por não comer arroz e feijão por menos de duas semanas. E se quer tirar férias e comer arroz e feijão vai viajar pelo Brasil. Se quer tirar férias e erguer as pernas pra cima, vai te internar num resort do nordeste; não num grupo que vai virar outro país de ponta a cabeça em quinze dias. Se não quer ver velharia não te soca na Europa... Raciocínio lógico...

As pessoas são curiosas mesmo... Reclamam até do que é bom... Há quem adote esse hábito e depois não consiga mais se livrar... Quantas pessoas sonham uma vida inteira em viajar pra outro país e algumas dentre as que conseguem fazê-lo não enxergam o quanto são privilegiadas... 

Já dizia um velho "deitado": em Roma, faça como os romanos. Se na Itália se come pasta, a legítima massa italiana, é o que vou comer. Afinal, quero viver o país... 

A Tâmim sabe que massa é a minha última escolha sempre. Nunca liguei muito pra massa, não. Mas na Itália comi todos os dias. Porque as refeições dos italianos são compostas de dois pratos, e o primeiro invariavelmente é pasta...

E se eu preciso comer muito, vou pegar o primeiro e o segundo pratos. Se não, tenho que saber que se quero um prato melhor servido devo escolher um segundo prato...

O que mais acho graça é que as pessoas vão para outro país, de cultura milenar, pra passar quinze dias, e acham que o país de cultura milenar é que deve se curvar à belezoca que está de passagem por quinze dias...

Outra coisa: pessoa, viagem de grupo pra conhecer tudo quanto é coisa é viagem pra pernear. E você está pagando em euro. Como disse uma colega de grupo, a sábia D. Aracy, "dormir em euro é muito caro". Vai revirar tudo o que o tempo deixar...

Mas como me disse minha psicóloga Silvia, "mala faz parte de viagem". As malas e os malas...

Categoria perdido no mundo: não me irrita tanto quanto o mala. Porque o perdido no mundo não age deliberadamente; está perdido no mundo.

Só que o perdido no mundo atrai a antipatia de todo o grupo, já que está sempre atrasado e nunca presta atenção nas instruções do guia; logo, volta e meia o grupo todo está à espera da pessoa alienada... Sem contar o risco de ser deixado pra trás...

Efeito colateral útil dos chatos e dos perdidos: aprimorar a virtude da paciência... Pela qual não sou exatamente conhecida...

sábado, 12 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - parte 9

Quando era adolescente gostava de subir no último andar lá de casa para ficar olhando a linha do horizonte, imaginando o que havia para lá de onde a vista alcançava.

Já naquela época sentia um anseio irrefreável de ganhar o mundo. Se vivesse na Antiguidade certamente quereria me juntar aos argonautas; ou aos grandes descobridores da Renascença. Que bom que hoje todos podemos empreender viagens de descoberta.

Acredito que, acima de tudo, ser italiano é um estado de espírito. Se você fala com as mãos e gritando, é meio caminho andado...

Essa viagem à Itália representou e representa muita coisa. A realização de um antigo sonho, por certo. Mas viajar é alimentar a alma, é abastecer o espírito. Impossível não se renovar.

Significou muito pra mim que muitas vezes tenham me confundido com uma autêntica italiana. Não porque não ame ser brasileira. Pelo contrário. Porém, isso ocorreu porque consegui incorporar perfeitamente o espírito daquele local que estava conhecendo, tornando-me também eu uma local. 

Além disso, viajar é um momento em que podemos ser apenas nós mesmos, bem como de nos importarmos em apenas viver o presente (thanks, teacher Anderson, pela conversation de hoje). Tempo de usar meu uniforme preferido, jeans, tênis e camiseta...

Por outro lado, viajar também viabiliza que valorizemos aquilo que temos, olhando à distância. Nossa família, nossos amigos, nossa casa, nosso trabalho... É maravilhoso ir, como é maravilhoso ter para onde e para quem voltar. Asas pra voar e raízes pra alimentar.

Nunca esqueci uma oportunidade em que conversava com meu pai sobre algum país, e ele me disse que eu teria querido nascer em outro lugar. Não, nunca quis. Viajar por outras paragens é uma necessidade vital, que preciso atender de tempos em tempos, pra acalmar e satisfazer meu espírito inquieto. É bom ver que, de certa forma, atingi meu objetivo de me tornar uma espécie de cidadã do mundo, na medida de minhas possibilidades e limitações.

Henry James, em Horas Italianas, falando sobre Veneza, diz "... o melhor de tudo é simplesmente estar ali. O único modo de você apreciar Veneza como ela merece é dar a ela a oportunidade de tocá-lo com frequência - deixar-se ficar e permanecer e voltar. O perigo é que você não se deixará ficar o suficiente". Digo que isso vale para a Itália toda, não importa se Veneto, Lazio, Toscana, Campania ou o que for. Impossível não planejar o retorno; que se for como meu reencontro com Roma, será emocionante...

A Itália é pra quem ama História, Arte, Arquitetura, Geografia, Sociologia... E a beleza... Um caldeirão cultural efervescente caótico resultante da reunião de cidades seculares de diferentes origens e que muitas vezes guerrearam entre si mesmas. Muito charmoso... Quando lá não me furto de pensar que estou pisando solo de cultura milenar, como Roma, Pompéia e Verona...

A todos que me acompanharam nesse périplo italiano, o meu agradecimento; e o convite antecipado para participarem do próximo. 

Ainda publicarei uns dois posts de cunho menos poético e mais prático e ácido...

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - parte 8

Nada preparou meu coração para o que encontrei na Costa Amalfitana... É uma daquelas belezas que nos deixa embevecidos, extasiados, sem fôlego...

Aí você vê que todas aquelas fotos belíssimas desse lugar são verdadeiras mesmo. Para qualquer lado que se olhe é possível ver um cenário de cartão postal.

A Costiera Amalfitana fica no Mar Tirreno, na Península de Salerno. Ela começa em Salerno, estendendo-se até Ravello. 

Fizemos o trecho que vai de Salerno a Amalfi, passando por Positano e Praiano.

Não há como explicar a beleza que vai se descortinando ante os olhos enquanto se serpenteia na estradinha estreita pelas escarpas íngremes, primeiro descendo e depois subindo.




De ônibus não há ida e volta. Só são permitidos num sentido. A estradinha é tão estreita que há curvas em que parece que o ônibus não conseguirá vencê-las. Não raro, o próprio ônibus ou quem vem no sentido contrário tem de aguardar passagem, dada a condição da estrada. Há trechos em que galhos de árvore roçam nas janelas.



Eu estava sentada do lado direito, justamente o lado voltado para a costa. Muitas vezes parecia que o próprio ônibus avançava pelo perau. Em várias oportunidades só via a água lá embaixo.



É muito lindo ver quando começam a aparecer as primeiras casas de Positano, espalhadas pela montanha.

Paramos em um determinado ponto e continuamos a pé, adentrando a cidadela.

Há vielas tão estreitas que só passa uma pessoa. E há outras em que passa um carro.



A pé se vai descendo e descendo, passando por boas lojas do comércio local, que vendem roupas, calçados e jóias, até se chegar à praia. 

De Positano seguimos a Amalfi de barco. É muito lindo se voltar para trás e ver Positano incrustada nas montanhas enquanto o barco vai singrando as águas.



Amalfi é outra paisagem extasiante. É uma cidadezinha em que é possível se comprar produtos típicos de limão. Balas, sorvete, doces, licor, sabonetes alusivos... Enfim, tudo de limão.

Foi em Amalfi que conheci a D. Rosa, uma senhorinha que cuida de um dos banheiros públicos. É outro personagem que vai para o rol dos inesquecíveis conhecidos em viagem. A D. Rosa a principio parecia a pessoa mais rabugenta e mal humorada do mundo. Daí fui traduzir para umas gurias holandesas, acho, que ela estava oferecendo toalha de papel para que secassem as mãos. Asciugamani. E então foi quando ela veio puxar assunto, perguntando se eu falava italiano, de onde era, e os meus amigos, e contando que é responsável também pela limpeza da basílica de Amalfi, que o tempo no dia anterior estivera ruim, que tivemos sorte e por aí foi. Às vezes encontramos beleza e poesia sob as aparências mais improváveis... E às vezes as aparências mais agradáveis guardam interiores tão feios... Os sepulcros caiados... Quero treinar cada vez mais meu olho a captar tanto uns quanto outros...

A D. Rosa e a Costiera Amalfitana também ficaram com uma parte minha...






Nesse dia também fomos a Pompéia. Pompeii. Andando por aquelas ruas milenares é inevitável tentar reconstituir como era a vida naquele lugar à época de Cristo. Ruas pavimentadas, casas com dois andares, passarela de pedestres, água encanada... Vale cada segundo do passeio.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - parte 7

Chegamos a Nápoles, capital da região da Campania (Campanha) sul da Itália.

Assim como ocorre no Brasil entre as diversas regiões, diferença total na paisagem entre norte e sul aqui.

E quando chegamos a Nápoles o choque cultural foi impactante.

Nas cidades do norte não se vê um papel no chão; nenhuma pichação; todos os pontos históricos são cuidados e estão sob restauração; os motoristas de Firenze, por exemplo, vão avançando silenciosamente pelas vielas estreitas, atrás dos turistas, sem buzinar.

Em Nápoles há muita sujeira nas ruas; muita pichação nos monumentos; muitos dos quais precisam de reparo; o trânsito é o caos, com buzinaço pra todo o lado; há muita poluição visual.

Então houve meio que um choque por parte de todos os meus "chegados".

No entanto, Nápoles tem seus encantos e é uma cidade antiquíssima, do tempo dos gregos e romanos, tendo sido o porto mais importante do país durante muito tempo.

E Nápoles deu ao mundo Sophia Loren...

Não há tantos pontos turísticos. Fomos ao Castel Nuovo, uma fortaleza construída no século XIII; à Galeria Umberto I, que quer lembrar a Vittorio Emanuele de Milano, mas não guarda o mesmo esplendor das lojas grifadas; à Piazza Plebiscito, onde está o Palazzo Reale; às proximidades da praia; e à Via Toledo, a principal do comércio.

Paradoxalmente, no lugar menos agradável aos olhos foi onde comemos melhor. 

Almocei um risoto de limão com camarões que estava delicioso.



E jantamos numa pizzaria tradicionalíssima, de 1935, de uma família em que há 21 pizzaiolos. Sorbillo, www.sorbillo.it . Massa fininha, pizza maior que o prato. €50 entre sete pessoas. Filas de gente pra comer no local ou levar a pizza para casa. Indicada no Guia Visual da Folha de São Paulo.



Por falar em Guia da Folha, aproveitando a deixa, são ótimos. Usei o de Roma quando vim em 2010, e o da Itália agora. Excelentes.

Coisas interessantes: uma água nos hotéis e restaurantes sai entre €3 e €5. No supermercado custa entre €0,20 e €0,25.

Aliás, supermercado é sempre bom lugar de visitar no exterior. Fomos em um em Firenze em que comprei cremes nota 10, marca consagrada, por €18. E jogo de meias da Puma, com dois pares, por €3. Os chocolates da Lindt estavam €1.

De alguma forma, todo o caos de Nápoles a faz funcionar... Como diz meu guia aqui da viagem, Guilherme Brito, "tem gente que vê o olho e tem gente que vê a remela". Prefiro ver aquilo que Nápoles tem de bonito e melhor. E a viagem ficaria incompleta sem se ver essa realidade do sul.


domingo, 6 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - parte 6

Reencontrar-me com Roma foi muito bom.

Começamos o dia no grande grupo, visitando os Musei Vaticani e a Basílica de São Pedro.

Dicas úteis: quem não tem condições de caminhar muito não deve fazer esse passeio. Ficamos caminhando em torno de quatro horas. 

Há alguns locais de parada; um ou dois cafés durante o percurso. Mas se você estiver em um grande grupo, vai depender da boa vontade do guia pra parar.

Se você estiver sozinho, com o Roma senza fila se consegue driblar a várias vezes quilométrica fila de entrada. Falo com conhecimento de causa, porque quando fui sozinha foi o que fiz: paguei um pouquinho mais caro pela entrada e não fiquei na fila. Já falei sobre isso num post, mas estou sem wifi enquanto escrevo, e não tenho como recuperá-lo.

Um agravante: hoje é sábado, e certamente a quantidade de gente pelos pontos turísticos de Roma deve ter aumentado consideravelmente em função disso.

Mais um detalhe: a segurança no Vaticano também é monumental; o que ajuda na formação das filas; já que todos têm que passar pelo raio x.

Foi bom fazer a visita guiada, por um lado. Porém, por outro, desilude saber de pequenos erros de grandes obras, como os da Capela Sistina.

Terminado o passeio, no tempo livre peguei minha turminha e fiz um itinerário que percorresse a maior quantidade possível de pontos importantes de Roma e que fosse possível de se fazer em meia tarde.

Fomos à Piazza di Spagna e almoçamos na Via della Croce, nos arredores.



Dali tomamos a Via dei Condotti, super estrelada com grifes das mais chiques, até a Via del Corso, uma das principais de Roma.

A certa altura quebramos à direita para alcançar o Pantheon.


Uma delícia caminhar pelas ruelas para vir e voltar à Via del Corso.

No mais das tantas se descortina a Câmara de Comércio:



Seguimos até a Piazza Venezia, onde fotografamos o Monumento a Vitorio Emanuelle II e tomamos "o" gelato "veramente italiano" no Café Brasile.




Seguimos pela esquerda do Monumento, passando pelo Mercado de Trajano e Fórum Romano, e terminamos no Coliseu.






Nem sei explicar direito o que senti. Foi muito bom ver que fui capaz de guardar perfeitamente bem na memória a localização de cada coisa; que sou capaz de me virar em Roma sozinha.

E uma sensação que não passa é a emoção de pensar na cultura riquíssima que já existia aqui muito antes de Cristo. E tentar recriar tudo isso na cabeça, a partir de uma série de ruínas. Em Roma você caminha sobre a História. 

Essa caminhada tem cerca de seis quilômetros.

Roma é uma cidade para se andar a pé.

Pena que não foi possível fazer mais coisa. Ficou um gostinho de quero mais... Uma ótima desculpa para voltar...


sábado, 5 de outubro de 2013

Diário de viagem - Itália - parte 5

Hoje reencontrei Roma. Foi como voltar pra casa.

Gosto dessa sensação de estar em casa, a milhares de quilômetros de distância da minha própria casa.

Roma é monumental. Não há palavra que defina melhor essa cidade. Monumental.

E é a cidade que melhor traduz a expressão "verniz do tempo". O verniz de milhares de anos dá à Roma uma expressão única. Qualquer calçada pode ser da Idade Média, por exemplo. E pra qualquer lado que se olhe se pode encontrar algum templo da Roma Antiga.

Chegamos aqui no final da tarde, e fizemos um passeio à noite por alguns dos principais pontos.

A noite empresta certa poesia a alguns lugares históricos. E beleza, por conta do jogo de luz. Fontana di Trevi e Fontana dei Quattro Fiumi, na Piazza Navona, por exemplo.

E dá imponência a outros. Como a Basílica de São Pedro e o Pantheon.

Amanhã será dia de esquadrinhar a cidade por conta. Mais uma vez não vejo a hora de me aventurar pelas ruas, descobrindo coisas fenomenais. 

Não esquecendo, passamos por Arezzo. Linda cidade que guarda um quê da época medieval. É possível se transportar no tempo e se imaginar naquele período. Dá pra entender como se vivia.

Tinha muita curiosidade de conhecê-la, não estava no roteiro e acabou incluída por causa da festa de Santo Antônio, com a presença do Papa, em Assis.

Pena que não foi em dia da famosa feira de antiguidades que acontece no primeiro domingo de cada mês...

Mudando o foco: tem Sephora até em Arezzo, cidade pequenina. Sabendo comprar, há bons preços. Kit de shampoo, condicionador e máscara da John Frieda por €21, o que dá pouco mais de R$60. No Brasil é o preço só do shampoo...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - parte 4

Hoje uma parte de mim ficou em Firenze. Foi onde tive o primeiro assomo de genuína emoção no meio da rua, cercada de magníficas estátuas na Piazza della Signoria e me deu vontade de chorar.

Firenze é o lugar que melhor traduz fisicamente o conceito de beleza, que se descortina e esparrama diante dos olhos por todos os lados. É inebriante, é extasiante. É o lugar que melhor conjuga o histórico dos prédios com o contemporâneo do comércio e do trânsito, num equilíbrio delicado e próprio.

O coração bateu mais forte quando fomos liberados e me vi solta pelas ruelas de Firenze.

Isso que não nos foi possível visitar os museus - a única parte que me deixa triste -, considerando que estamos ficando pouco tempo em cada lugar e as filas das bilheterias estavam quilométricas. 

Mas o simples fato de estar em Firenze, de respirar Firenze, de flanar pelas ruelas, é suficiente para despertar o espírito.

Tudo é magnificente aqui. A majestade da Cattedrale di Santa Maria del Fiore, a beleza da Piazza della Signoria, a austeridade do Palazzo Pitti, quase uma fortaleza, a riqueza do pátio interior da Basílica di Santa Croce... Amei Firenze com todo o coração.

Cada ruela reserva uma surpresa. Uma igreja, um prédio histórico, uma loja diferente... Até uma espécie de oficina de escultores...

E as pessoas daqui também são diferentes. As mais simpáticas, verdadeiramente simpáticas. Jamais vou esquecer o senhor da banquinha em que fui comprar uma bolsa turística pra guardar a tralharada que estava carregando e que foi extremamente educado, tomando tudo da minha mão e acomodando na bolsa pra mim. Ou a moça que nos atendeu no Mercado da Palha, na banca de legítimos lenços italianos. Extremamente simpática e educada. E me dizia que me conhecia de algum lugar, que não lhe sou estranha. E eu dizia ser impossível, por ser a minha primeira visita a Firenze. Eu e minhas amigas ainda ganhamos um lenço cada uma. Ou o maitre do Restaurante Il David, na Piazza della Signoria, onde almoçamos, pra quem disse "aspetta um attimino" (espera um minutinho) e que achou que eu era fiorentina, porque é uma expressão típica de Firenze, que nem todo mundo conhece. Ou a moça que nos atendeu no café.

Jamais vou esquecê-los, assim como nunca esqueci o senhor que me atendeu  em uma das lojas do mercado de Jerusalém. Me encantei com um colar; foi atração imediata, o colar e eu. Mas custava U$250. Eu podia gastar no máximo U$50. A conversa com o senhor foi tão bacana e ele queria muito que levasse o colar, porque viu que amei a peça. Acabou me vendendo pelos U$50, mesmo sem eu querer aceitar. Toda vez que olho o colar lembro dele e dessa história. Como lembro do garçom que salvou a mim e a minha mãe quando chegamos tarde da noite em Roma, nosso hotel não tinha água pra vender e ele, que era do restaurante ao lado, nos deu uma garrafa de presente. Ou o João Grande, o diminuto maleteiro de nosso hotel em Lisboa, que nos tratou com todo o carinho. Ou a Maria José e sua família, da Marisqueira Santa Marta, em Lisboa, que na véspera de Natal largou tudo o que estava fazendo pra nos levar para o hotel antes da meia noite (Maria José, voltarei a Lisboa em breve). E o senhor da loja de souvenirs próxima à Sarbucks, que deu um pequeno galo de Portugal pra cada uma de nós, minha irmã, minha mãe e eu. Ou o senhor dono da pastelaria defronte à estação de trem de Sintra, que, satisfeito com a nossa comilança, disse que fazia tempo que não via ninguém comer com tanto gosto como minha família e eu. Ou a Silvia, dona do hotel em que ficamos em Montevidéu. Todas pessoas que seguirão comigo.

Os fiorentini (florentinos) abrem um sorriso de orelha a orelha quando você se dirige a eles em italiano. Foi o lugar em que mais senti isso.

A língua é um caso a parte. Minha cabeça já havia começado a funcionar em italiano dias antes da viagem. É uma delícia ser capaz de me expressar com as pessoas em italiano. E também em inglês. 

A minha inteligência, nas múltiplas inteligências, é a linguística. Então ser capaz de falar, pensar, escrever, me expressar e comunicar em outra língua me dá um prazer indescritível. É como exercitar uma parte do corpo que estava parada há tempos. Mas o italiano brota pelos poros...

Por falar em exercitar, nem preciso dizer que estou quebrada, depois de um dia inteirinho caminhando... Porém, uma quebrada feliz, extremamente feliz...

Mais um assunto digno de nota: no exterior tem que ir no supermercado. É de enlouquecer. Artigos inimagináveis. E coisas com preço bom. Chocolate Lindt e Toblerone por €1, por exemplo. Por volta de dez vezes mais barato que em Porto Alegre...

Aqui na Itália também compensa ir nas farmácias pra comprar cremes. La Roche-Posay e Vichy entre metade e 1/3 do preço.

Últimas pessoas que devo mencionar: meus amigos chegados, excelentes companheiros de viagem, divertidos e parceiros pra qualquer negocio; e nossa guia local, Eleonora; uma italiana que se criou em São Paulo. Lá pelas tantas descubro que morou em Porto Alegre, Caxias do Sul, Farroupilha e veraneava em Capão da Canoa. E que ama os cafés coloniais da serra gaúcha. Preciso dizer mais? Na minha próxima vinda a Firenze vou procurá-la...

Sim, próxima vinda... Porque um passeio de um dia é suficiente apenas para apreender que se está diante de um verdadeiro tesouro... Mas talvez uma vida não seja suficiente para se descobrir Firenze...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - parte 3

Observando o povo aqui na Itália, não posso me furtar de comparar com a minha experiência em Paris...

Não falo do contato próximo, mas mais de quando estamos em grupo... O comportamento dos franceses, tão mal afamados, foi mais afável, por incrível que pareça... 

É claro, existe toda uma técnica de abordagem das pessoas. Ainda que você não fale a língua do país que está visitando, abordar um nativo o saudando em sua própria língua desperta simpatia na hora, em grande parte dos casos. Mesmo nos franceses.

Aqui na Itália, quando estamos no nosso grupo de chegados, até não noto tanta diferença.

É interessantíssimo como nós, brasileiros, despertamos curiosidade e somos recebidos calorosamente na maioria das vezes, quando estamos em nosso pequeno grupo. Pelo simples fato de sermos brasileiros. E isso não é só na Itália. Observei o mesmo em Israel e Lisboa. Em Paris também, embora em menor escala.

Capítulo mulheres desacompanhadas na Itália: já havia lido algumas coisas a esse respeito em blogs na internet, de que mulheres sozinhas na Itália podem ser abordadas de maneira, digamos, mais impetuosa... E que muitas vezes há quem pense que as brasileiras são moças de vida fácil, por assim dizer... 

Esse também foi um dos motivos que me fez optar por viajar em grupo. 

Não passei nenhum aperto, além de ouvir várias vezes que tenho belli occhi. Mas estou sempre em grupo, ou no grande, ou no meu círculo de chegados...

O próprio guia da Folha de São Paulo tem um tópico falando só sobre isso, que vale a pena ler.

De uma maneira geral, portanto, em momentos "turistada" o tratamento é meio "bruto", na acepção italiana da palavra, aqui na Itália... Porém, em grupos pequenos o convívio fica bem mais agradável.

Momento destinos: 

Milano - é aquele desbunde, com o Duomo e a Galeria Vittorio Emanuelle. Tudo, digamos, superlativo. 

Verona - foi linda surpresa. Pensava que só tinha a história de Romeu e Giulietta, mas a cidade é antiquíssima e histórica, com pontos da época romana, como uma arena. E um mercado popular interessantíssimo. 

Como - cidade debruçada sobre um lindo lago. Também com uma igreja antiga e interessante. O que é uma redundância na Itália, porque toda cidade mais antiga tem uma igreja também antiga e interessante, no mínimo.

Venezia - deslumbrante e extasiante. Única e própria. A parte principal é diminuta, o que contrasta com todo o peso da majestade da Sereníssima.

Padova - para os católicos é um lugar de devoção. A Basílica de Santo Antônio impressiona.

Pisa - outra grata surpresa. A parte antiga, a Praça dos Milagres, e as ruelas que a cercam, são lindos. Impressiona a quantidade de turistas.

Bom, me despedindo, que aqui é mais de meia noite e amanhã temos Firenze a explorar. Muita expectativa. 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Diário de Viagem - Itália - parte 2

Às vezes ainda me belisco pra acreditar que estou revirando a Itália de cima abaixo...

Lugares que tu sempre sonhou conhecer, como o Duomo e a Galeria Vittorio Emanuele, em Milano; ou Verona e a história de Romeu e Julieta; ou andar de gôndola e passear na Piazza San Marco, em Venezia... E aí tu te dá conta de que os lugares são, sim, reais, e que sim, tu está ali... É de arrepiar. Isso sempre me acontece... Aconteceu em Israel, aconteceu na minha primeira dia a Roma, aconteceu em Lisboa, aconteceu em Paris...

Também é maravilhoso descobrir coisas que nem se imaginava, como uma arena romana do século I em Verona, o que bem fazia ideia...

Outra coisa impressionante é ver a mistura de antigo e do moderno na Itália. Os carros estão te ultrapassando rápido na estrada e tu está olhando a paisagem, onde desponta uma muralha e um castelo medievais...?!?!?

Imagina que bacana morar na Itália e passar o final de semana em Venezia, Firenze ou Nápoles...

Isso sem falar nos museus... No tempinho livre que tive de manhã em Milano fui correndo num museu gratuito que o guia havia indicado, o Museo dela Banca Commerciale Italiana... Meia hora de felicidade pura...

A comida nacional realmente é a pasta, em todas as suas diversas formas e molhos... E o gelato italiano, meraviglioso... A bebida da moda o Spritz, uma mistura de aperol e vinho branco.

Uma das coisas que mais gosto de fazer em outro país é ir no supermercado. Fomos hoje aqui em Venezia Mestre, mas não era um muito bom. Mas me chamou a atenção que a maior parte das embalagens era de produtos tamanho família, digamos assim. Poucas opções de itens alimentícios individuais... Porém, quero catar outros mercados melhores...

Óbvio que fizemos tanta zona no super que a caixa me perguntou se éramos brasileiros, porque é sempre assim. Imagina a zoeira e algazarra. Em cinco pessoas. Eu a única que me viro mais em italiano...

Falando nisso, viajar em grupo tem seus prós e contras e sempre fui meio reticente... Mas estou curtindo muito esse grupo... Evidentemente que com toda a minha timidez já fiz boas amizades... Grupo bacana, heterogêneo, de gente entre 30 e 80 anos. Todo mundo alegre, divertido, com uma disposição de dar inveja...

Uma coisa interessante que todo mundo é muito viajado... Todo o pessoal de mais idade comenta de váááárias viagens que fizeram. Um senhor que deve estar na casa dos sessenta estava dizendo hoje que a bateria de sua câmera já aguentou umas cinco viagens pra Europa.

Por isso digo a você que está sentado(a) no sofá, lamentando não ter companhia pra viajar e receando ir sozinho(a): engaje-se num grupo. No mínimo vai fazer vários novos amigos. Eu e meus novos amigos mais chegados já marcamos as férias do ano que vem e inclusive já escolhemos o destino...


Diário de viagem - Itália - parte 1

E ontem parti rumo à Itália, para um giro de uns dias, conhecendo os lugares mais notórios. Realização de um sonho antigo, uma panorâmica da Itália...

Tentarei, na medida do possível, manter uma espécie de "diário de viagem", passando as minhas impressões e, quem sabe, estimulando outros a alçarem vôo.

Falando em vôo, pra quem parte de Porto Alegre a melhor opção ainda é o da TAP, destino Lisboa. E daí para o mundo.

Eu já conhecia e sou meio suspeita pra falar, porque virei fã; mas minha vizinha de assento, que estava experimentando pela primeira vez, ficou agradavelmente surpresa. E é uma mulher viajada...

Porque é bom: primeiro, porque tu não tem que fazer conexão ou escala em São Paulo, Rio ou qualquer outro lugar. Em dez horinhas está na Europa. E o aeroporto de Lisboa é show. Além disso, o pessoal da TAP atende muito bem. A comida de bordo é farta e gostosinha. E a poltrona, falando em termos de classe econômica, é confortável. A poltrona foi o que a minha vizinha mais comentou...

Não vi o tempo passar, desde que cheguei no Aero Salgado Filho, em Porto Alegre. E sempre chego cedo, quando é vôo internacional. O próprio vôo passou que nem vi. Conversa boa, comida boa, cobertinha boa, programas de TV e filmes bons... Nenhum motivo a reclamar.

Parece-me que esse vôo está fazendo sucesso dentre os gaúchos, porque estava lotadinho.

Coisas que anotei mentalmente pra falar:

1) não entendo quem viaja com travesseiro. Simplesmente não entendo. A criatura na fila, carregada de mala, bolsa, ..., e grudada num travesseiro que é maior que ela... Vai ser mais desapegada, se quer ser globetrotter... Eu já acho um saco ter que levar mochila pra tralharada...

2) como as pessoas amam uma fila. Quase uma hora antes do embarque já tinha um povaréu na fila. Vai entender... Achei que fosse coisa de brasileiro, mas no Aero de Lisboa foi igual...

3) não entendo quem fica só de meia em vôo. E vai para o banheiro assim...

4) não entendo a correria para o banheiro depois do jantar e do café. Fila de novo, agora dentro do avião... Criatura, se não for necessidade fisiológica urgente, pra que ir fazer fila no banheiro do avião?!?!

Bom, dicas de vida prática que ajudam bastante: como estou sozinha, uma mala só - mas "a" mala, uma American Tourister gigante -; uma mochila, de viagem mesmo, cheia de divisórias, onde vai o mundo, remédio, Ziploc dos líquidos, biju, carregadores, muda de roupas, iPad, livros e espaço pra compras; e uma bolsinho pequena, cheia de divisórias também, pra toda função de dinheiro, documentos, celular... Não achei melhor opção até agora.

iPhone: não existe igual no mundo. Eu no Aero em Lisboa, minha mana viajando de ônibus, as duas com wi-fi, e nós falamos pelo iMessage. Amo, amo, amo, amo de paixão. O iPhone, a Apple, o Steve Jobs e a minha irmã.

Seção Polícia Federal, alfândega e raio x: Porto Alegre tranquilo. Por favor, por favor, por favor, coloque todos os seus líquidos de mão num saquinho Ziploc. Os remédios também, em outro. Quando chegar a sua vez no raio x, é só puxar os saquinhos e o iPad ou notebook pra fora,  que ninguém vai te encher a paciência e vão ver que tu é acostumado a viajar. E lembre de não colocar nenhum líquido ou pastoso na bagagem de mão com mais de 100 ml. Passei tranquila em Porto Alegre e Lisboa, enquanto um monte de gente era parada por líquidos fora do padrão, inclusive fora do saquinho. E coloque uma roupa fácil, sem tachinhas e metais desnecessários. E a guria de Lisboa, que me viu com o guia da Itália, ainda foi super simpática, dizendo que eu ia amar Roma. Polícia Federal e alfândega super tranquilo. Já entregue seu passaporte fora da capinha de couro ou afim.

Balança de bagagem: super útil, principalmente na volta, rsrs. Comprei a minha na Tok&Stok de Porto Alegre, por R$56.

Da série coisas interessantes:

1) é só chegar na Europa e aparecem as máquinas pra tudo, de compra de comida a passagem de trem. Tinha uma no banheiro do aero vendendo absorvente, preservativo e desodorante, dentre outras coisas. Adoro essas máquinas, facilitam muito a vida.

2) quem converte não se diverte. A gente ganha em reais. Não adianta, se tu converter o preço das coisas em euro, não compra nada... A parte mais chata, com certeza...

3) minha vizinha de assento Porto Alegre - Lisboa é professora aposentada, na casa dos setenta, com filhos criados e netos, viajando para encontrar uma amiga que já estava na cidade, pra uma trip por Portugal e Espanha. Muito show ver como a geração dos meus pais está viajando e viajando.

4) acho que não tenho cara de brasileira. Alguém sempre me aborda em Portugal em inglês ou francês e nem passa pela cabeça o português. 

5) muito legal de estar fora é ouvir tudo quanto é língua... Inglês, alemão, italiano... Como é bom... O próprio português de Portugal. E a nossa língua, depois de dias sem encontrar brasileiros... Sempre vai me lembrar o episódio bíblico da Torre de Babel...

6) como falei, o Aero de Lisboa é show. Amplo, limpo, cheio de lojas e de lugar pra comer...

E Lisboa. Lisboa tem história própria comigo. Lisboa tem meu coração pra sempre. Me derreto por Lisboa, surpresa maravilhosa que foi em 2010/2011. Indiquei meus amigos da Marisqueira Santa Marta pra minha vizinha. Não enjoo a hora de voltar pra cidade. Projeto futuro...

Escrevo agora durante o vôo pra Milão, Milan. Milano... Roma também tem meu coração. Roma, amor eterno. E sei que vou me apaixonar por Milano, Verona, Firenze, Venezia... Coração de quem ama viajar é como o de mãe: sempre tem lugar pra mais um lugar...

Updating: a única reclamação foi o fato de não terem ido me buscar no aeroporto na hora combinada. Estava atrás de wi-fi - que não tem grátis - pra contatar alguém quando a guria do transfer chegou. Pra buscar pessoas de diferentes origens e destinos, de grupos diferentes. Essas são as coisas que me irritam de viajar em grupo.

E os italianos realmente falam com as mãos. A guria do transfer estava dirigindo, falando no cel, segurando o aparelho com uma das mãos e gesticulando com a outra. Pensei: "quem está guiando?"

São 19 horas no Brasil, e meia noite aqui. Jet lag pegando... Caindo de sono...

* texto originalmente escrito em 20/09/2013. Só fiquei sem wi-fi pra publicar.