terça-feira, 27 de janeiro de 2015

República Dominicana e Panamá

Esse post encerra essa série sobre a República Dominicana e o Panamá.

Bem, os lugares onde fui na República Dominicana, Santo Domingo - na Zona Colonial - e Punta Cana, são essencialmente turísticos; então você encontra pessoas de tudo quanto é lugar do mundo. Norte americanos, canadenses, mexicanos, ucranianos, franceses, italianos, espanhóis, gregos, argentinos, chilenos... E muitos, mas muitos, brasileiros. E é esse caldeirão cultural que torna tudo tão interessante. Você pode praticar os idiomas que fala, faz novos amigos, da sua e de outras nacionalidades. Esse é um dos melhores aspectos dessas viagens.

A República Dominicana é um destino que congrega diferentes características. A Zona Colonial de Santo Domingo é riquíssima cultural e historicamente. Você se sente de volta no século XVI. E o litoral do país é de uma beleza natural estonteante, com resorts de excelente estrutura. E na parte chamada de Ciudad Nueva, em Santo Domingo, pode-se ver como as pessoas reais daquele país vivem.

É visível que os dominicanos valorizam muito as figuras que compuseram a sua História, como os Pais da Pátria, que tornaram o país independente do vizinho Haiti, que tomou conta do local após a saída dos colonizadores espanhóis. 

Também é um povo que se orgulha da sua origem multicultural, representada nas muñecas sin rostro, que justamente não tem o rosto com feições para representar essa multiplicidade. Achei essa foto exemplificativa na internet.

          


É um país que vive um momento econômico delicado, sustentando-se, basicamente, do turismo.

Já o Panamá, como comentei, me surpreendeu muitíssimo. Primeiro, é um país com uma economia forte. Encontrei pessoas da Colômbia e do Zimbábwe morando lá, pela qualidade e pelo custo de vida. E fiquei sabendo por essas pessoas que há muitos outros estrangeiros nessa mesma situação.

A Cidade do Panamá, que foi o único lugar que consegui conhecer, é bem estruturada, com excelentes avenidas e ruas e com muita beleza natural. Diria que une o melhor dos dois mundos, cidade e natureza.

E também é uma cidade que está revitalizando sua área de origem, reconstruindo o Casco Viejo, tão antigo quanto a Cidade Colonial de Santo Domingo.

Na Cidade do Panamá encontrei bem menos turistas, embora tenha topado com muitos brasileiros no hotel e nos shoppings.

Mas tive uma experiência interessante no meu tour. Meu guia era do Zimbábwe, já tinha morado na África do Sul e outros países americanos. Meus companheiros de tour eram um casal de norte americanos que já viajou bastante pela América Central, pelo Caribe. Então foi muito bacana trocar experiências de como a vida funciona em todos esses lugares e no Brasil.

O que ficou de mais forte para mim dessa experiência é que o continente americano e a América Central, especificamente, no caso, têm muito a nos mostrar sobre o presente e a nos ensinar sobre o passado. Eu ficava olhando todas aquelas construções do século XVI e pensando sobre o que vi do mesmo período nos lugares onde estive na Europa. E isso é uma das coisas de que mais gosto em viajar, essa viagem no tempo e essa reconstrução. 

Definitivamente, por conta dessa primeira experiência os países americanos entraram de vez na minha já extensa lista de lugares para conhecer...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Os Patacones Panamenhos

O que provei no Panamá digno de nota foram os Patacones (foto retirada da internet).



É uma espécie de chips de banana da terra, quando ela está verde (foto da internet).



Faria as vezes da nossa popular batatinha frita.

Diz que é muito popular nos países da América Central e do Caribe.

Em alguns lugares os Patacones são chamados Tostones.

A palavra Patacones se refere a uma moeda do período colonial. Porque o bolinho lembra mesmo uma moeda de ouro... 

Na internet vi que tem até uma espécie de apetrecho para fazê-lo, a pataconera.



Em termos de gosto, parece um bolinho frito achatado, bem sequinho. É gostoso quando se come com algum acompanhamento, como esse molhinho da foto - minha, pois esse foi o prato que comi - onde aparece também um filé de corvina à milanesa - "apanado", como dizia no cardápio.



Os panamenhos comem bastante peixe, pelo que se vê.

Inclusive na Cidade do Panamá tem o Mercado del Marisco, onde meu guia disse que é muito barato para se comer. Um bom ceviche sai a US$ 1,25 (um dólar e vinte e cinco centavos)!!!


sábado, 17 de janeiro de 2015

Multicentro e Allbrook Mall

Dizem que o Panamá é o novo paraíso das compras, a nova Miami para os brasileiros.

Fui visitar dois shoppings aqui, o Multicentro e o Allbrook Mall.

O Multicentro é perto do meu hotel; dá pra ir a pé. Aproveitei a meia tarde da minha chegada. Até pra andar na rua e me misturar aos panamenhos. Uma das coisas que mais gosto de fazer, me misturar com as pessoas do lugar, vendo como elas vivem suas vidas.



É um shopping grande, com quatro andares. Está ligado ao Hard Rock Hotel, muito gigante. E tem um Centro de Convenções e um Cinemark amplo.








Ah, também tem um cassino dentro do shopping.

Muitas lojas de roupas e artigos esportivos; também bastante lojas de celulares.

Achei um stand da Melissa em uma loja de departamentos - ah, aqui há muitas lojas de departamentos - e uma loja Dudalina Feminina.





Não fiz grandes compras nesse shopping, porque a gente ganha em reais, né... Comprei só uma Appletv, porque está mais barato que no Brasil.

Porém, para os panamenhos, que usam o dólar e o balboa, que vale o mesmo que o dólar, creio que vale a pena.

Curiosidade: as farmácias aqui são como em Curitiba - parecem mais lojas de conveniência - você pode comprar salgadinhos, bolachas, refrigerantes, água, sucos, comida pra pets, produtos de limpeza...




Batatinhas Pringles por centavos... 

Porém, ao contrário das farmácias da Europa, não encontrei produtos da La Roche-Posay e da Vichy.

Hoje também tinha meio dia livre e estava chovendo. Diz que é raro chover aqui. Então resolvi ir conhecer o Allbrook Mall. Meu guia disse que é o maior shopping daqui, que os preços são bons, com valores mais em conta até do que Miami.

É simplesmente imenso. 2,5 quilômetros de extensão. Não saí do piso térreo, e não consegui ver tudo. Diz que tem 400 lojas.

Tem um supermercado que tem simplesmente de tudo. Inclusive coisas para carro, ferramentas e materiais de construção. E a variedade é imensa. No corredor do leite em pó, que não acabava mais, tinha todos os tipos possíveis e imagináveis de leite em pó. Idem no de azeite de oliva...

Tem loja de tudo quanto é coisa. Muitas de roupas, artigos esportivos, celulares, muitas, muitas mesmo de calçados, perfumarias, eletroeletrônicos...

Em janeiro a maioria das lojas está em promoção. Muitas coisas com preços ótimos - para quem ganha em dólar e balboa - na Zara; ótimos mesmo.

Encontrei uma loja Via Uno nesse shopping.



É uma livraria imensa de produtos evangélicos.



O shopping vale a pena para alguns produtos, mas tem que pernear.

Comprei um kit do perfume Angel, que custou muito barato. Veio o perfume, o shower gel e o hidratante por 89 dólares, quando só o perfume custa 105 dólares. E veio numa caixa de couro linda, que parece um porta jóias. Comprei numa loja chamada Riviera. Como escolhi? Não sei... Feeling. E no aeroporto há várias lojas dessa Riviera.

Meu motorista me disse que tem um lugar fora da cidade, chamado Zona Libre, que é como um duty free - produtos livres de impostos - que é onde realmente vale a pena ir fazer compras. Fica distante uma hora e meia da Cidade do Panamá.

Ele disse que tem muitos clientes brasileiros que vêm fazer compras duas vezes ao ano. 

A se considerar...

Dica: lembrar que sobre todos os preços dos produtos ainda incide o imposto, que não está incluído no preço. Perguntar sempre o valor final.

Curiosidades: caminhei, caminhei, nos dois shoppings e não vi banheiro. Estranho... 

E os produtos expostos não trazem preço, o que é muito chato...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Cidade do Panamá, Panamá

A Cidade do Panamá me foi outra grande e grata surpresa... Não esperava encontrar uma cidade tão grande, tão moderna. Me senti chegando em São Paulo.



Do aeroporto para Punta Paitilla a distância é em torno de 25 km. Nesse caminho se vê a Costa del Este, um subúrbio que está se levantando, voltado a um público de alto poder aquisitivo. Vê-se condomínios de casas e edifícios de fino acabamento. E muitos canteiros de obras.

A Cidade do Panamá está repleta de arranha céus. Por isso a sensação de São Paulo. 

Meu hotel, o Plaza Paitilla Inn, fica em Punta Paitilla. Esse hotel foi o prédio mais alto daqui durante anos. Tem 20 andares.

O trânsito aqui é caótico, muito caótico. A cidade é servida por boas avenidas, largas, amplas, com milhares de saídas e poucos semáforos. Meu guia contou que entre 16 e 18 horas é impossível andar por aí...

A maioria dos prédios tem ventilador de teto nos ambientes abertos. Vi em várias sacadas do prédio em frente e aqui mesmo no hotel.

Aqui em volta, em Punta Paitilla, todos os prédios têm piscina. Faz muito calor aqui, um calor úmido... Em pelo menos dois prédios vi os moradores indo pra piscina no final da tarde. Também fui pra piscina do hotel, onde já estavam outros hóspedes.

Hoje fiz um tour do qual também participou um casal de americanos do Michigan. Meu guia, o Russ, nasceu no Zimbábue, morou na África do Sul e veio parar aqui no Panamá - foi ótimo para praticar o inglês. 

Eles comentaram o quanto o combustível é barato aqui. O Russ também contou que os ingressos para os jogos de futebol no Maracana - sim, eles têm um Maracanã, mas sem o til - são super baratos, e que o estádio foi construído para dar atividade de lazer para o pessoal mais pobre.

Ah, o teatro também é barato...

O Russ comentou que o Panamá quer se tornar os Estados Unidos. Talvez seja influência da herança americana, do período enque os Estados Unidos lideraram a construção e administração do Canal do Panamá.

A moeda do Panamá é o balboa, em homenagem a Vasco Nuñez Balboa, que teria sido um dos benfeitores da pátria...
Mas se usam tanto balboas como dólares. 

Uma curiosidade é que não há cédulas de balboa; só moedas. E um balboa vale um dólar.

Outra curiosidade: os panamenhos realmente consideram Balboa. Há a Avenida Balboa, a moeda balboa, estátua de Balboa... Segundo o meu guia, houve uma espécie de resgate do mito, que teria sido bastante injustiçado durante longo tempo.

Andamos bastante pela cidade e vê-se pouca pobreza. Alguns lugares específicos, mas poucos.

O Russ contou que o Panamá é considerado o terceiro país mais seguro das Américas Central e do Sul. Vivo perguntando se é seguro andar por aí, e todo mundo responde que sim. Meu guia diz que dá pra andar tranquilamente à meia noite de táxi por aí carregando seu notebook...

Outra curiosidade: a água da torneira é potável. Não arrisquei, mas diz que é potável. 

Começamos o passeio por Cerro Ancon, um parque que funciona como um mirante natural da cidade, onde se pode ver de um lado as construções e de outro o Canal do Panamá.






Além disso, é um lugar bonito, que em novembro se transforma em destino de milhares de aves migratórias, o que atrai observadores do mundo inteiro.

No sopé de Cerro Ancon há casas muito bonitas, de estilo americano, que serviram de moradia para os altos oficiais dos Estados Unidos no tempo em que administrar o canal. Hoje serve de residência para os mais abastados da cidade.

De lá fomos para o Canal do Panamá, passando pela Cidade do Saber, que concentra as universidades, escolas e afins.

Fomos ao Miraflores Locks, onde há um Centro de Visitantes. O turista é muito bem recebido. Há vários elevadores amplos e escadas também amplas, considerando que o mirante do Canal se encontra no quarto andar. E ali é possível ver os navios passando, sendo rebocados, e também a abertura das comportas. 





Há um museu bem bacana, contando a história da construção do Canal. Ali se aprende que foram os franceses que o começaram, mas seu projeto era mais complicado; que muitos sucumbiram à malária e à febre amarela; que se acreditava que a febre amarela era causada por formigas, e por isso as pessoas se cercavam de vasilhas d'água para dormir - para espantar as formigas -, o que só criava ambiente propício para os mosquitos; que acreditavam que a malária - mal aire - era causada pelo mau ar que pegavam nas escavações para a construção do Canal; que um médico cubano descobriu, no hospital da Cidade do Panamá, a causa e a cura para a febre amarela.

Quando os franceses desistiram da construção, os americanos chegaram, em 1904, trazendo o seu projeto. E permaneceram dominando o local, que era considerado inclusive território americano, até entregá-lo para o Panamá em XXX.


Há um simulador muito bacana de um navio percorrendo o Canal.


Também tinha uma espécie de cabine em que se entrava, dava-se os dados solicitados (idade e sexo), posicionava-se os pés em uma plataforma, e a máquina fazia a medição do percentual de água existente no corpo da pessoa.



Uma coisa que me chamou a atenção tanto aqui no Panamá quanto na República Dominicana foi a limpeza dos banheiros públicos e de restaurante. Shoppings, restaurantes, aeroportos, pontos turísticos e históricos, não vi nenhum sujo. E o Centro de Visitantes do Canal do Panamá conta com muitos banheiros. Um em cada andar, inclusive no mirante.

Depois fomos a Punta Culebra, um parque mantido pela Fundação Smithsonian, onde se fazem estudos sobre sapos, rãs, tartarugas, caranguejo, estrelas do mar e afins, iguanas e bichos preguiça. 




E daí ao Casco Antiguo, a segunda velha Cidade do Panamá. Depois que Panamá Viejo foi destruído por um incêndio a cidade se transferiu para essa área de Casco Antiguo.

A área está sendo completamente revitalizada. Há muitas obras de restauração. Os imóveis "novos" custam fortunas. 



Essa parte da cidade concentra muitos bares e restaurantes. É uma zona bem turística.

É possível comprar artesanato indígena em uma espécie de feira na região.

Tive a informação de que o Panamá é o único país da América em que os índios não foram dizimados. Então há remanescentes de todas as tribos.

Em Casco Viejo está a Catedral, que mistura estilos. A parte mais antiga foi toda construída com pedras vindas da Espanha. Eram as pedras que tornavam as caravelas espanholas mais pesadas, permitindo que navegassem em alto mar. No retorno para a Espanha eram substituídas pelo ouro e outros produtos de valor.


Em Casco Viejo também ficam as ruínas do Convento de Santo Domingo, onde se encontra o Arco Chato; o qual foi determinante para a escolha do Panamá pelos franceses para a construção do Canal.

A obra estava para ser erigida no Panamá ou na Nicarágua. E o Arco, construído por tijolos encaixados, perdurava no lugar desde o século XVIII, o que comprovou aos franceses que o
Panamá não é um país dado a sofrer terremotos.




Enfim, o Panamá se revelou um belo destino. Se vou fazer conexão em algum lugar que ainda não conheço, sempre procuro ficar alguns dias. Já fiz isso antes em Roma, quando voltei de Israel, e em Lisboa, quando fomos a Paris. E o mesmo aconteceu com a Cidade do Panamá. Porém, com certeza, o país merece uma permanência mais prolongada. Ouvi falar de praias incríveis...

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Iberostar Punta Cana, República Dominicana

Esse lugar me lembra uma cidade, tanto pelo tamanho quanto pela quantidade de gente necessária para manter tudo em ordem.

O complexo todo conta com quatro hotéis: o Grand Bávaro, dos vips; o Bávaro; o Dominicana e o Punta Cana, os dois últimos mais ou menos equivalentes, com áreas de gastronomia e recreação comuns.

Meu quarto é bem grande, com duas camas de casal, saleta e varanda.

Tudo é muito bonito e convidativo; porém, como toda grande cidade, tem seus probleminhas...

Quando cheguei a porta do meu quarto não trancava de jeito nenhum; foi necessário chamar o técnico; o frigobar não funcionava; foi necessário trocá-lo; o cofre não funciona direito; já foi necessário chamar o técnico por três vezes, e continua não funcionando direito; já peguei toalhas e fronhas mal lavadas...

Nessa função toda é que vi que há um batalhão trabalhando aqui. Para cada coisa veio alguém de uma equipe diferente.

Além disso, ao longo do dia, na praia e na piscina ficam vários funcionários varrendo e limpando a areia e recolhendo pratos e copos usados. Fora todo o pessoal que atende nos diversos restaurantes e bares e na recepção. E os recreacionistas, ligados na tomada o dia inteiro.

É uma gente que trabalha muito... Meu garçom do jantar é o mesmo do café da manhã. Deve ser bem puxado...

Mesmo com esses pequenos senões, o resort é excelente. A comida dos buffets  é variada e bem saborosa. E ainda há os cinco restaurantes à la carte. O número de jantares a que você tem direito neles depende do número de dias que você ficará no resort. Fiquei cinco dias, tive direito a dois jantares.

É necessário agendá-los logo que se chega. Como tive que resolver aqueles probleminhas que já falei, acabei ficando com poucas opções.

Um dos que conheci foi o La Marimba, "marinero" internacional.

Minha opção de entrada foi creme de lagosta e caranguejo; e o prato principal foi camarões salteados ao rum de cana. Ambos bem deliciosos.



As sobremesas aqui são frustrantes. Muito mais bonitas e coloridas do que gostosas. O negócio é ficar no sorvete...

O outro restaurante em que fui é o bistrô, La Sibila. Comida fantástica. 

Disfarcei e fiz uma foto...



Minha escolha de entrada foram os camarões com abacaxi, que estavam excelentes.



Não dá para escolher o prato de lagosta como principal. Uma amiga minha, a Sylvia, pediu e passou fome. Vem uma lagosta solitária... O negócio é pedir o beef, que vem esse medalhão de filé lindo e gostoso.



Minha sobremesa foi o tiramisu. A melhor que comi aqui, sem contar o sorvete.



Falando em comida, no quarto tem uma cafeteira e chás, café instantâneo e Café Santo Domingo, praticamente um símbolo nacional. Água mineral com e sem gás, refrigerantes diversos e cerveja. Tudo liberado e é só ligar para a recepção para repor alguma coisa.

Há comida e bebida à vontade ao longo de todo o dia. Uma boa sacada do hotel foi ter colocado uma máquina de pipoca no bar da piscina...

Porém, no minibar do quarto não tem nada para beliscar. Nem um amendoim, uma barrinha de cereal, um chocolate, nada... Faz falta.

Falando em quarto, são oferecidos alguns mimos no banheiro. Shampoo com condicionador, shower gel, creme hidratante, touca de banho e kit de costura - que foi a primeira vez que vi.

O que eu mais gosto são os arranjos de toalha que as camareiras deixam. Lindos...




Ontem andei desbravando o Punta Cana e o Dominicana e há muitas atividades. Sauna, academia, quadras de tênis, um centro de atividades para os adolescentes, tiro ao alvo... 

À noite há apresentações e o cassino.



Também há um minishopping, um supermercado e uma farmácia. E umas lojinhas numa rua que imita uma rua caribenha.



E, claro, a atração principal: a praia e as piscinas.





Aqui venta muito. Em alguns dias muito mesmo, de ter que ficar enrolada na canga.

A praia é linda, mesmo não sendo no Mar do Caribe, e sim no Atlântico. O mar é bem mais agitado e te puxa mesmo pra dentro; além disso, há bastante buracos grandes na areia. O hotel conta com salva vidas, mas não dá para arriscar.

O hotel é lindíssimo, tanto na parte das construções quanto em relação à natureza.






A maioria dos funcionários te atende com gosto e amabilidade; mas sempre se esbarra com alguém que dormiu destapado...

Uma das coisas de que mais gostei aqui foi o público. Gente como a gente, como costumo dizer. Tem gente magra, tem gente gorda, tem mulher com celulite, tem pessoas reais. Muitas famílias, muitos casais, grupos de famílias. Todo mundo curtindo a sua praia, a sua piscina. Show, amei! 

E as pessoas vêm de tudo quanto é lugar. Brasil, Ucrânia, França, Chile, Argentina, Estados Unidos, Itália...

Uma coisa que acho muito doida - vindo do Brasil, né -: todo mundo deixa suas coisas, sua bolsa, com tudo dentro, na sua espreguiçadeira e sai pra caminhar, nadar, comer, e ninguém, hóspedes e funcionários, mexe em nada. Pra quem vem do Brasil, acostumado a viver grudado e de olho nas suas coisas, é muito estranho.

Fiquei de longe olhando a minha bolsa ontem. O funcionário passou varrendo em volta da minha cadeira e nem olhou pras minhas coisas. O que recolhe os copos, idem. Os hóspedes, igualmente.

O senão: há pessoas que "reservam" as 
espreguiçadeiras com as toalhas da piscina bem cedo de manhã, antes mesmo de tomar café - embora seja proibido. E fica difícil arrumar lugar...

Ah, e outro senão do hotel: tem que comprar o Wi-Fi. O hotel deve fazer um dinheirão com isso. Cinco dias, 25 dólares. E em muitos lugares o sinal é horrível...

Então, considerando o conjunto da obra, se me perguntassem se valeu a pena e se eu voltaria, digo, com certeza, que sim, que valeu a pena e que voltaria.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Adiós, Santo Domingo; hola, Bávaro

Santo Domingo foi muito mais do que eu esperava.

A minha escolha pela República Dominicana, como já contei, deveu-se a Santo Domingo. Desde que soube que foi a primeira cidade da América envaretei que iria conhecer.

Se você tem amor à História e uma imaginação viva, é o lugar perfeito para viajar no tempo.

É impossível não voltar para o século XVI e ficar imaginando os espanhóis colonizadores indo assistir às missas na Catedral Primada de América ou em Las Mercedes, ou tentar entender como eram feitos os atendimentos no primeiro hospital da América; como eram as aulas na primeira universidade da América...

É quase possível ver as damas do então Novo Mundo desfilando aos domingos na Calle de Las Damas. Já li que eram as damas de companhia da nora de Cristóvão Colombo, Maria de Toledo, mulher de Diego. E já ouvi que eram as mulheres de vida fácil da época; o que me é difícil crer, considerando a sociedade católica severa de então. 

Você vai na Fortaleza Ozama e fica se perguntando como Cristóvão Colombo - sim, o próprio Cristóvão Colombo - aguentou ficar preso três meses numa sala sem janelas, de grossas paredes de pedra, contando apenas com umas seteiras por onde entravam luz e ar... Foi preso por dizimar os índios.

A fortaleza também servia para proteger Santo Domingo dos piratas e outros conquistadores. Não vamos longe, Sir Francis Drake efetivamente atacou a cidade em 1586.

O que mais me tocou foi imaginar as caravelas chegando. Santa Maria, Pinta e Niña. Você fica olhando o mar, como no Acuario Nacional, e é quase possível vê-las singrando as águas.

Dá pra se perguntar muito o que os índios tainos devem ter sentido ao se deparar com elas, o que equivaleria a ver uma nave espacial chegando hoje...



Os índios tainos que usavam as lagoas da caverna de Tres Ojos para se banhar. Às mulheres era destinada a lagoa mais distante, protegida e menos funda.

Enfim, uma parte do meu coração ficou na Zona Colonial, em Santo Domingo, essa jóia histórica encravada no Caribe.

Hoje foi dia de locomoção e, consequentemente, dia de conhecer mais do país.

Achei ótimo isso de transfer por van justamente para ter oportunidade de observar mais.

A região metropolitana de Santo Domingo é semelhante a de Porto Alegre.

A estrada é muito boa, asfaltada em todo o trecho, com duas pistas em toda a extensão pela qual passamos.

A informação que tenho é que a economia hoje está baseada no turismo. Realmente, não vi um distrito industrial nem grande quantidade de indústrias ao longo do trajeto. Umas duas. E uma fábrica de cimento.

Difere muito do Brasil na quantidade de caminhões trafegando. A quantidade é mínima, em comparação. O que mais vi foram caminhões de transporte de combustível. 

A parte que atravessamos, de Santo Domingo a Bávaro - ao lado de Punta Cana -, lembra muito os Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul. Aquela vastidão de planície a perder de vista, coberta de vegetação mais rasteira. Somente ao longe, bem ao longe, era possível avistar umas montanhas.

Mas o céu, ah, o céu... Que azul lindo profundo, que nuvens de algodão... Sou vidrada em céu... Quando era criança amava ficar observando os desenhos das nuvens... O céu daqui me remeteu a esse tempo.




Isso porque exatamente estava com tempo disponível, já que levamos cerca de duas horas e meia para chegar.

Passamos por La Romana, para uma paradinha. É outra cidade costeira.

Por onde passamos, que não é a parte turística, as características são as mesmas da parte de periferia de Santo 
Domingo.

Uma coisa interessante é que aqui se vê muitas casas de cores mais, digamos, diferentes. É um verde vivo, um roxo, um azulão.

E dá-lhe música latina. Até que meu motorista resolveu arriscar e colocar numa rádio moderninha tocando as músicas americanas... Do que observei, os dominicanos realmente amam os ritmos latinos, mas também é fato de que a música ajuda a compor o cenário local.

Agora estou no Iberostar Punta Cana, em Bávaro; minha primeira experiência num resort internacional, sobre a qual falarei amanhã. 

Pra adiantar, achei de uma delicadeza o arranjo de flores naturais e toalhas que estava me esperando quando cheguei no meu quarto.