quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A Arte da Terra, Lisboa

Quando estava preparando a viagem para Lisboa vi no Guia de Lisboa da Editora On Line uma foto linda - não é essa abaixo - de um espaço de artesanato, numa matéria intitulada "Lisboa das Prateleiras". E o texto explicava que "... a loja A Arte da Terra trabalha com artesanato regional, como objetos decorativos, roupas, esculturas religiosas, toalhas de mesa, lenços, tapetes feitos de linho e burel (tecido de lã), bordados, produtos infantis e doces tradicionais".




Evidente que fez parte do roteiro.

No nosso retorno o António Ramos, da A Arte da Terra, descobriu nosso blog e fez contato conosco. Quero compartilhar o texto dele, que segue abaixo.

Para quem está indo a Lisboa é uma boa forma de conhecer mais o que é tradicional do local.

E até o dia 04/03 é possível conferir a Exposição "Lenços dos Namorados - (A)Bordar o Amor"







Para saber mais, clique aqui .

Texto do António:

Em tempo de 15º aniversário, a “A Arte da Terra” assume – em pleno coração de histórico de Lisboa – o papel de montra da cultura portuguesa para o Mundo (que nos visita), quando atinge os 600.000 visitantes, 5 anos depois da mudança de Almada para a capital.

São as antigas cavalariças da Sé transformadas numa “montra” onde se conjugam tradição e modernidade, onde coabitam, de forma unica, gerações e correntes artisticas diversas, compostas por mais de duas centenas de artesãos, escultores, joalheiros, designers... ao som da musica e das palavras que marcam o universo cultural português, montra sugerida por cada vez mais guias e pela imprensa internacional.
Do figurativo ao decorativo, do vestuário de linho ao burel, os mais significativos bordados nacionais (Vaina do Castelo, Castelo Branco, Açores...) e todo um leque de peças diversas em materiais tão diferentes, como madeira, cerâmica, ferro, cortiça (malas, chapéus, carteiras), tecidos, pedra...

Para a “A Arte da Terra” sempre foi inquestionável a riqueza das artes e oficios tradicionais portugueses, assim como o foi, a necessidade de conjugar o melhor da tradição com (todos) os niveis de exigências dos tempos modernos.
Começava em 1996, um longo e riquissimo caminho de procura do melhor que se fazia em Portugal. Depois, surgiu a vontade de mostrar parte dessa riqueza á imprensa, ás entidades oficiais, ao publico. Começaram as exposições temáticas, com temas como Lenços dos Namorados, Santo António, Maternidade, Galo de Barcelos, Fernando Pessoa, Presépios, Figurado de Barcelos, Arquitectura Tradicional Portugesa, que levaram até á “A Arte da Terra”, entidades diversas como Maria José Ritta (por 2 vezes), Maria Cavaco Silva (que em Junho ultimo efectuou a sua 4ª visita oficial a “A Arte da Terra”), diversos Ministros da Cultura (Augusto Santos Silva, Pedro Roseta, Isabel Pires de Lima (por 3 vezes) e Secretários de Estado da Cultura, embaixador do Brasil na CPLP, entre muitas outras entidades ligadas aos meios culturais.

Em 2011, mais de 50 exposições depois, fica o registo de importantes parcerias culturais com diversos Museus e Municipios (Barcelos, Estremoz, Trofa, Odemira, Reguengos de Monsaraz, Portalegre, Lisboa, Calheta Açores) e entidades como Embaixadas da UE, Embaixadas da CPLP, Fabrica Bordallo Pinheiro, ou nomes como Carlos do Carmo, Mariza, Misia, Cristina Branco, Carminho, Katia Guerreiro, Ricardo Ribeiro, Nuno Gama ou Anabela Baldaque, para além de – em 2007 – ter sido palco das comemorações oficiais do Dia Mundial da Poesia, por sugestão da então titular da Pasta da Cultura.
O chão de pedra roliça logo á entrada, deixa antever a história de séculos do edificio. Um sobreiro dá as boas vindas a um espaço rodeado de manjedouras, num edificio magnificamente coberto por abóbadas com origem no sec XVI...
Lá dentro... é comprovar como os artistas portugueses tem talento, originalidade, e como é rica a nossa cultura.

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